rosa_beijo
Os resultados obtidos por “Uma Rosa com Amor” são o ponto de partida para uma boa discussão sobre a importância da teledramaturgia para as emissoras brasileiras. No auge do ataque da Record, Silvio Santos foi na concorrente buscar um dos principais autores para reforçar sua “fábrica de novelas” e pagou caro pelo passe. O investimento também foi alto com elenco, reforço na produção e parte técnica. “Uma Rosa com Amor” está estacionada na faixa dos 7 pontos, deixando o SBT na terceira no horário. O modesto desempenho da novela não é o resultado apenas do trabalho de Tiago Santiago, mas principalmente da falta de produção continuada da teledramaturgia da emissora. Ou seja, enquanto não houver um plano para o departamento, com estreias programadas e uma sequência de títulos,  será impossível criar o hábito no telespectador e firmar a imagem de que o SBT também produz novelas. No domingo, durante seu programa, Silvio Santos fez uma piada com a trama de Tiago Santiago ao dizer para a plateia que a novela chama-se agora “Um Espinho sem Amor, porque parece que não deu certo”.
Brincadeira à parte, como todo folhetim, “Uma Rosa com Amor” tem pontos fortes e fracos. Há um cuidado com a captação das imagens e com a fotografia, mas algumas cenas são registradas fora do estúdio, prejudicando a qualidade do som. Carla Marins está bem no papel da protagonista e Claudio Lins foi convencendo aos poucos o telespectador em relação ao sotaque. Betty Faria, Edney Giovenazzi, Jussara Freire e Mônica Carvalho também merecem destaque com suas interpretações.
Um outro ponto dessa discussão é sobre a obrigatoriedade da novela na grade das emissoras. Será que uma rede não consegue sobreviver sem um folhteim diário? Acredito que sim, mesmo porque são muitos os títulos em exibição atualmente que visam o mesmo público. Algo diferente pode ser a solução para quem deseja audiência.